Ando pensando existencialisticamente demais. E você com sua simplicidade, até então inconcebível para mim, chega a me assustar. Existe algo em você que nunca encontrei em ninguém, algo que essa minha alma desgarrada, colecionadora de tristeza nem sabia ser possível. A vida é uma sucessão de cenas tristes com algumas intervenções de alegria, e é aí que você aparece: minha intervenção alegre, a simples flor que encanta o jardineiro. Simples não de comum mas de sincero, singelo, sensato. Você é a sensatez que me faltava. E é pra você que canto uma canção de Chico Buarque e por causa dele você visita minha cama, descobre minhas verdades. Somos cúmplices, dois corpos emaranhados entre lençóis usados. A joia que enfeita seu pecado e cada pedaço do seu corpo vira ferramenta para o gozo. Olhos vendados, mãos presas a algema e a luz acesa, vejo cada detalhe de toda sua fartura. Lábios molhados, todos os lábios. O seu cheiro me lembra o da Rua das Flores pela manhã aqui na Tijuca. E seu sorriso denuncia a alegria de ter seu corpo pesquisado pela minha língua. Seu corpo é tela para arte de Frida Kahlo e para a poesia muda, molhada e morna que escorre dos meus lábios e percorre cada dobra. E ainda faço mágica com meus dedos e contorço todo o seu corpo, sua voz afoga em gozo e minha carne rígida pede para ser beijada. Mas são as pregas tão uniformes do teu cu tão necessárias que me embriagam de delicadas sensações calorosas. E minha boca morna invade todo seu rebolado e minha língua sábia desliza até o seu grelo inchado...
www.zuzazapata.com.br
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por esse texto eu suspiro e sonho com alguém que sinta (e escreva) td isso pra mim...
ResponderExcluirbeijos!
..."Visto um figurino... Venha ser cúmplice da minha covardia..."
ResponderExcluirAdoooro esse texto, é meu preferido! =)